Conheça a Nossa História

Ahistória desta instituição começa com a sensibilização de algumas almas com a situação vivenciada pelas crianças carentes e abandonadas. Entre estas senhoras destacamos Darcléa de Freitas e Arlete Barbosa.

Em simples documento, a sra. Darcléa descreve os seus sentimentos ao observar diariamente a situação de várias crianças e adolescente que, em situação de abandono, “dormiam embaixo de marquises, amontoadas, usando drogas para camuflarem a vergonha da miséria”. Apesar de ouvir de várias pessoas que“aquilo” era um problema do “governo”, não foi admitido a insensibilidade e a partir daí, de migalha em migalha, um sonho foi construído. A sra. Darclea registra o seguinte caminhar:

Momentos de dificuldades foram vivenciados até que conseguiram noIRB (Instituto de Resseguros do Brasil), a cessão em comodato do terreno em Campo Grande, onde até hoje funciona a instituição.

O projeto foi idealizado nos moldes da “Mansão do Caminho”,obra em Salvador que funcionava em casas-lares, com uma “tia-mãe”.

Mas, a maior preocupação foi quando em novembro de 1997 o IRB enviou uma carta solicitando a desocupação total do imóvel e a sua devolução, inclusive com as benfeitorias, até o mês de junho de 1998, pois naquela época, o Instituto estava na lista de privatização do governo, e por isso precisava vender todos os bens. Foi solicitado ao IRB que o imóvel fosse cedido definitivamente ou vendido por um valor simbólico, mas na época havia uma proibição de cessão ou vendade bens imóveis, o que só poderia ocorrer através de autorização do Presidente da República ou de um Decreto Legislativo.

Naquele momento de grande desespero, a sra. MarianaAzevedo de Oliveira Leite, membro do Conselho Fiscal do Abrigo “A Minha Casa”, endereçou várias cartas em forma de súplica, as autoridades competentes, com o propósito de sensibilizar os corações quanto ao futuro das crianças que estavam abrigadas na instituição. Foram escolhidos o Senador Artur da Távola, o deputado federalPaulo Duque, o presidente da câmara federalMichael Temer e o então presidente do Brasil, Sr. Fernando HenriqueCardoso. Foram encaminhadas também missivas a primeira dama sra. RuthCardoso e ao presidente do SBT, Sr. Silvio Santos.

Como desfecho deste momento de grande sofrimento, o IRB decidiu vender o imóvel através delicitação, que foi vencida pelo Abrigo. A compra do terreno foi efetuada pelo valor de R$ 247.000,00 (duzentos e vinte mil reais) a ser pago em 5 parcelas semestrais corrigidas com base na variação da inflação oficial. Muito eventos foram realizados e a grande e maravilhosa conquista do imóvel foi alcançada, sob o amparo de Deus, nosso Pai e o apoio de muitos amigos.

Já na época, toda a atenção para o bem estar da criança acolhida foi observada. Eram desenvolvidas atividades culturais, esportivas, atendimento médico-psicológico e dentário, além do cuidado com a  boa alimentação e instrução religiosa. As crianças estudavam na rede normal das escolas municipais e tinham o acompanhamento  escolar por professores voluntários.

Naqueles momentos iniciais as casas-lares foram construídas através de trabalho árduo e importantes parcerias. O IRB ajudou a construir as duas primeiras casas; as empresas FININVEST e a Siderúrgica Mendes Junior construíram outras duas.

A empreitada para a construção deste ideal de Amor continuou com o apoio da “Associação do Sagrado Coração de Jesus” (situado em Roma, na Itália), além da “Central Geral de Dízimo”, “Pró-Vida de São Paulo”, os grupos do Rotary, Lions e da Maçonaria que, segundo a sra. Darclea, ajudaram de maneira preciosa.

Mas é claro que grandes dificuldades eram também vivenciadas no dia a dia.
Uma das preocupações era o fato de que o terreno não era murado e também não havia recursos para o fazê-lo, gerando uma situação de insegurança para a instituição ficava a mercê de “amigos do alheio”,além de boiadas invadindo o terreno e caçadores de preá com espingarda, colocando em risco a integridade das crianças que viviam no local. Outra situação muito preocupante foi o “manilhamento” de todo o terreno para o acerto das instalações de esgoto, sendo que na época, vários ofícios foram enviados à CEDAE e até ao então governador, Moreira Franco.

Todas as dificuldades foram transformadas em oportunidades de soerguimento, e muito trabalho foi, e está sendo feito para que “muitas alegrias continuem a serem semeadas nos corações de nossas crianças”, e que cada uma tenha a oportunidade de escrever a sua história com base no amor e no respeito que toda criança merece e precisa ter.



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